Jaqueline Silva
Pegamos
os trilhos para documentar a situação dos trens cariocas que
circulam todos os dias e a rotina dos 60 mil trabalhadores que
dependem desse meio de transporte público para se locomover e
precisam enfrentar uma verdadeira maratona até chegar ao seu local
de destino.
A
aproximação de dois megaeventos a ser sediados no Rio - a Copa do
mundo em 2014 e as olimpíadas de 2016 – somada à construção de
dois complexos de trabalho, um siderúrgico e um pólo petroquímico,
trazem à tona o debate sobre as mudanças urgentes que precisam ser
feitas para que o trem possa transportar seus passageiros de forma
mais eficiente.
Nossa
equipe percorreu os extremos desses trechos colhendo imagens,
depoimentos e experiências de heróis do dia a dia, trabalhadores
que merecem ser assim chamados por conseguir utilizar um transporte
com tantas falhas de operação em que se transformou o trem na
cidade e municípios do Rio de Janeiro.
Com uma
malha viária de pouco mais de 252 km de extensão, e trechos que
ligam as principais vias de acesso para as zonas norte, oeste,
central, metropolitana e baixada fluminense, os usuários dos trens
sentem ainda dificuldades no serviço oferecido e se queixam de
constantes atrasos nos horários de partidas, carros insuficientes,
calor, estrutura desgastada, falta de banheiros nas estações e
preço elevado das passagens.
Já em
fase de produção, o documentário surge de uma parceria do Coletivo
Tatuzaroio com o Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de
Janeiro (SENGE) e com o Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia
(CREA), com a proposta de apresentar o Projeto Central, que prevê a
recuperação, assim com a modernização imediata do sistema
ferroviário. O lançamento do documentário está previsto para
abril em evento aberto à população, na Central do Brasil.
Um comentário:
É um verdadeiro pau de arara carioca, ou pior que isso,
parabens pelo trabalho de vocês.
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