tag:blogger.com,1999:blog-312294522024-03-12T23:06:27.474-04:00Comunidade Vila AutódromoA Comunidade Vila Autódromo é uma Comunidade consolidada e legítima, está localizada na Baixada de Jacarepaguá, próximo a Barra da Tijuca,na Cidade do Rio de Janeiro, área valorizada e alvo de cobiça dos grandes empreendedores imobiliários que usam a máquina da Prefeitura para tentar expulsar os moradores.Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.comBlogger36125tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-92070356230949650762013-10-31T14:36:00.002-04:002013-10-31T14:36:46.550-04:00Proposta da Prefeitura para Vila Autódromo ainda é de Remoção Total<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
A proposta apresentada pela Prefeitura para a Vila Autódromo não garante a permanência, ao contrário do que o Prefeito afirmou em reunião com moradores. A prefeitura resiste em afirmar publicamente que a comunidade será urbanizada, e a proposta apresentada é tecnicamente inviável. Veja a comparação com a proposta de permanência do Plano Popular:<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvFTNUwSmvVdZn79xksJvY-UvVxGYdxHzKm4m5zgWmZ8c6TyWjf8X-Tu_FN1kpq8EBJQsA7oEDlu4y2DPfOhj9NZn3ayyObV-CRBqVWM1gNlWWJTAFrqNbHZ659ctlxnE6b2pG/s1600/VA_Propostas_Comparadas01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvFTNUwSmvVdZn79xksJvY-UvVxGYdxHzKm4m5zgWmZ8c6TyWjf8X-Tu_FN1kpq8EBJQsA7oEDlu4y2DPfOhj9NZn3ayyObV-CRBqVWM1gNlWWJTAFrqNbHZ659ctlxnE6b2pG/s320/VA_Propostas_Comparadas01.jpg" width="320" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLZUFd17ZFbewCQ-Cxjya5b9Ttxc6Z8hE87lfuxbqrTV25pTNVqrvbWAmeKd-wxjPVmpLSzfZ8naxHeFV_eQdvyA7fdGvC-_6Ar8OND2PR_hK0CG7Bd85eQvY9aVP9Exj78amK/s1600/VA_Propostas_Comparadas02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLZUFd17ZFbewCQ-Cxjya5b9Ttxc6Z8hE87lfuxbqrTV25pTNVqrvbWAmeKd-wxjPVmpLSzfZ8naxHeFV_eQdvyA7fdGvC-_6Ar8OND2PR_hK0CG7Bd85eQvY9aVP9Exj78amK/s320/VA_Propostas_Comparadas02.jpg" width="320" /></a></div>
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Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-78899553460621328382013-08-27T08:22:00.000-04:002013-08-27T08:35:53.213-04:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b>Parecer compara projetos dos moradores e da prefeitura para a Vila Autódromo</b><br />
<i>- Estudo feito por oito entidades mostra falhas e vantagens de cada uma das propostas </i><br />
<i>- Proposta foi apresentada ao prefeito Eduardo Paes em agosto de 2012, que nunca respondeu </i><br />
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Divulgado nesta segunda-feira, 26 de agosto, a avaliação e comparação feita entre o projeto da Prefeitura do Rio para reassentamento dos moradores da Vila Autódromo, na Zona Oeste, e o “Plano Popular da Vila Autódromo: Plano de Desenvolvimento Urbano, Econômico, Social e Cultural”, que tem como foco a urbanização no lugar da remoção. O estudo foi feito pelo Grupo de Trabalho Acadêmico Profissional Multidisciplinar (GTAPM), atendendo a solicitação da Associação de Moradores, Pescadores e Amigos da Vila Autódromo (AMPAVA). O grupo trabalhou por cinco meses para elaborar um parecer técnico capaz de esclarecer qual das duas proposições – da Prefeitura e da AMPAVA - melhor atende aos princípios direito à cidade, função social da propriedade, e construção de uma cidade democrática, socialmente integrada e ambientalmente responsável.<br />
<br />
O plano popular foi elaborado pelos os moradores, com a assessoria técnica de professores e pesquisadores do Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regiona da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos da Universidade Federal Fluminense (UFF). No dia 16 de agosto de 2012, a AMPAVA apresentou o projeto ao prefeito Eduardo Paes e solicitou que este fosse implementado, em lugar da remoção forçada. Na ocasião, foi proposta ao Prefeito a constituição do GTAPM, com representantes de entidades idôneas comprometidas com questões relativas ao desenvolvimento urbano, desenvolvimento social e à moradia, para que elaborasse um laudo técnico avaliando os planos da municipalidade e da AMPAVA.<br />
<br />
O Prefeito nunca respondeu a essa proposta. Em consequência, a AMPAVA dirigiu-se a várias entidades para convidá-las a integrar o grupo. Aceitaram o convite e integraram o GTAPM: Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Associação dos Geógrafos do Brasil (AGB), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ANPUR), Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Sindicato dos Arquitetos no Estado do Rio de Janeiro (SENGE), Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (SARJ).<br />
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O parecer, após comparar as duas propostas, recomenda à Prefeitura do Rio de Janeiro que reconheça o Plano Popular da Vila Autódromo como alternativa cidadã, no que se refere aos aspectos fundiários, sócio urbanístico, edilício e ambiental, para a área hoje ocupada pela Vila Autódromo. Recomenda que se priorize a urbanização da Vila Autódromo e sua integração com o bairro, especialmente com o futuro Parque Olímpico.<br />
<br />
A alternativa de urbanização garante aos moradores não só sua habitação, mas o direito à cidade e às práticas culturais, que não estariam sendo atendidas no projeto do Parque Carioca. Reconhecer o Plano Popular estaria de acordo com os preceitos legais de se garantir a participação da sociedade na formulação e implantação de políticas públicas, além de <b>"deixar um importante legado social, favorecendo a construção de uma cidade menos desigual e injusta, em que a diversidade social seja vista não como um empecilho ao desenvolvimento, mas como uma característica positiva e inerente à vida urbana"</b>.<br />
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Veja o <a href="https://www.dropbox.com/s/i5pm3f5b7mcy3t6/GTAPM%20-%20PARECER.pdf" target="_blank">Parecer Completo</a> e os <a href="https://www.dropbox.com/s/08b3ml4stsy85my/PARECER_ANEXOS_COMPLETO.pdf" target="_blank">documentos anexos</a>.</div>
Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-8804243108689405282013-08-09T19:45:00.001-04:002013-08-09T19:45:14.841-04:00A Vila Autódromo Vive!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="background-color: white; display: inline; font-family: arial, sans-serif; font-size: 1.6em; font-weight: normal; margin: 0.4em 0px 0.3em; text-align: center;">
NOTA PÚBLICA</h3>
<span style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"></span><br />
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<h3 style="display: inline; font-size: 1.6em; font-weight: normal; margin: 0.4em 0px 0.3em; text-align: center;">
VILA AUTÓDROMO CONQUISTA SUA PERMANÊNCIA!</h3>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; text-align: center;">
<i>Após anos de resistência e luta, a Vila Autódromo conquistou o compromisso do prefeito: a Vila Autódromo e seus moradores não serão removidos.</i></div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em;">
A Associação de Moradores da Vila Autódromo se reuniu com o Prefeito Eduardo Paes nesta sexta-feira, 09 de agosto de 2013. A reunião contou com a presença dos secretários municipais de meio ambiente e habitação, do Subprefeito da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, de representante da Empresa Olímpica Municipal e da Procuradoria Geral do Município. À convite da comunidade, participaram a Defensoria Pública do Estado, as duas universidades federais (IPPUR/UFRJ e NEPHU/UFF) que assessoraram os moradores na elaboração do Plano Popular e a Pastoral das Favelas.</div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em;">
O prefeito reconheceu que houve equívocos no tratamento à comunidade e afirmou que está disposto a abrir uma rodada de negociações baseada na permanência da Vila Autódromo e sua urbanização. Os eventuais casos de reassentamento poderão ser feitos na própria área, caso o morador assim o deseje. O prefeito apresentou também como opções para os casos de reassentamento o apartamento no Parque Carioca ou indenização a preço de mercado.</div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em;">
Para dar continuidade ao processo, foi constituído grupo para a negociação que contará com técnicos da prefeitura, representantes dos moradores e sua assessoria técnica. As decisões serão também submetidas a assembleias dos moradores. A comunidade afirmou que a base para o projeto de urbanização e regularização deverá ser o Plano Popular. A Vila Autódromo continua na luta pelo direito à moradia, junto com outras comunidades ameaçadas de remoção.</div>
<div style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em;">
<b>Viva a Vila Autódromo! A Vila Autódromo Vive!</b></div>
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Associação de Moradores, Pescadores e Amigos da Vila Autódromo</div>
</div>
</div>
Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-36795041018509165662012-07-15T20:44:00.001-04:002012-07-15T22:33:44.324-04:00MANIFESTO: VILA AUTÓDROMO - Um bairro marcado para viver<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="background-color: white; text-align: -webkit-auto;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white; text-align: -webkit-auto;">VILA AUTÓDROMO</span><br />
<span style="background-color: white; text-align: -webkit-auto;">Um bairro marcado para viver.</span><br />
<span style="background-color: white; text-align: -webkit-auto;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
"Desde o anúncio da realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil, os moradores da Vila Autódromo se tornaram alvo de ameaças de remoção. Não é a primeira vez. Esta comunidade está situada em zona que, com o processo de expansão da cidade, tornou-se alvo da cobiça de especuladores e grandes construtoras. Seus moradores aprenderam a resistir, afirmando seu direito à moradia diante do poder do mercado imobiliário aliado aos sucessivos governos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A ocupação da Vila Autódromo é legal, resultado de décadas de organização dos moradores para a urbanização do bairro. O direito à moradia é garantido pela Constituição Federal, e expresso na Concessão de Direito Real de Uso dada a moradores da comunidade pelo Governo do Estado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Na preparação dos Jogos Panamericanos, a Prefeitura condenou o bairro à morte. A resistência dos moradores mostrou que na cidade democrática instalações esportivas podem conviver com moradia social. Anunciadas as Olimpíadas no Rio de Janeiro, veio nova condenação: a comunidade ameaçaria a segurança dos atletas. Rapidamente veio a público que a Vila Autódromo é um dos poucos bairros populares da cidade que não está submetido a traficantes ou milícias. Não hesitaram em inventar um argumento ecológico, alegando a necessidade de remoção para preservar as margens da Lagoa de Jacarepaguá. Os moradores mostraram que é possível a recuperação ambiental, sem destruir as casas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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A Prefeitura mentiu novamente ao dizer que a remoção é fundamental para os Jogos Olímpicos: o projeto vencedor de concurso internacional para o Parque Olímpico manteve a comunidade. Em mais uma tentativa, apresentou um projeto viário, alterando a rota da Transcarioca já em obras (e com várias irregularidades no licenciamento ambiental), somente para passar por cima da comunidade. Com a mudança constante de pretextos, a Prefeitura pretende legitimar a remoção de 500 famílias, e a cessão, para o consórcio privado Odebrecht - Andrade Gutierres - Carvalho Hosken, de uma área de 1,18 milhões de m², dos quais 75% serão destinados à construção de condomínios de alta renda.</div>
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Como alternativa à injustiça, injustificável e ilegal tentativa de remoção, a Associação de Moradores da Vila Autódromo elaborou o Plano Popular da Vila Autódromo, com a assessoria técnica de especialistas. O Plano é técnica e socialmente viável, e garante condições adequadas de moradia e urbanização. É uma realização da cidadania. Na Grécia antiga onde nasceram as Olimpíadas, eram banidos das cidades os tiranos, e não os cidadãos. Estes reuniam-se na praça pública, a Ágora, para decidir seus destinos e os destinos de suas cidades. Que o espírito olímpico reine na cidade maravilhosa. Que a Vila Autódromo, as comunidades e bairros ameaçados de remoção e toda a população da cidade participem das decisões.</div>
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A campanha pela sobrevivência da Vila Autódromo é uma luta de seus moradores, mas é também, e sobretudo, uma luta de todos por uma cidade justa e igualitária. Nos últimos meses, milhares de famílias foram compulsoriamente removidas ou estão ameaçadas em nome da Copa do Mundo e das Olimpíadas: Restinga, Vila Harmonia, Largo do Campinho, Rua Domingos Lopes, Rua Quáxima, Favela do Sambódromo, Morro da Providência, Estradinha, Vila Recreio 2, Belém-Belém, Metrô Mangueira, Arroio Pavuna.</div>
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Convidamos todos os cidadãos e cidadãs a dizer: PAREM AS REMOÇÕES! Apelamos à sensibilidade e responsabilidade das autoridades governamentais, da Prefeitura do Rio de Janeiro, da FIFA e do Comitê Olímpico Internacional para que as medalhas entregues aos atletas da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016 não sejam cunhadas com o sofrimento e a dor de milhares de famílias expulsas de suas casas e de suas vidas."</div>
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Fonte: <a href="http://www.portalpopulardacopa.org.br/vivaavila/index.php/manifesto">http://www.portalpopulardacopa.org.br/vivaavila/index.php/manifesto</a></div>
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white;">PARA TER ACESSO AO MANIFESTO E PARTICIPAR ASSINANDO, CLIQUE NO LINK ABAIXO:</span><br />
<div id="region3wrapnoimg" style="border: 0px none; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="clearfix xtc-wrapper r3spacer" id="region3" style="border: 0px none; margin: 0px auto; padding: 40px 0px 20px; text-align: -webkit-auto; width: 960px;">
<div style="text-align: left;">
<a href="http://www.portalpopulardacopa.org.br/vivaavila/index.php/manifesto">http://www.portalpopulardacopa.org.br/vivaavila/index.php/manifesto</a></div>
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Contamos com seu apoio!</div>
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Saudações comunitárias e solidárias.</div>
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Grande abraço!</div>
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<span style="background-color: #f8faf0; color: #666666; font-family: Arial; font-size: 12px; line-height: 20px;"><br /></span></div>
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<div id="footerwrap" style="background-color: black; background-image: url(http://www.portalpopulardacopa.org.br/vivaavila/templates/businessclass/images/backgrounds/-1); background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px none; color: #222222; font-family: Arial; font-size: 12px; margin: 0px; min-width: 960px; padding: 0px;">
</div>
</div>Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-76643957375191656302012-05-18T22:49:00.001-04:002012-05-18T22:49:57.385-04:00CARTA DA ASSOCIACAO DE MORADORES E PESCADORES DA VILA AUTÓDROMO (AMPVA) EM RESPOSTA AO JORNAL O GLOBO.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">CARTA DA ASSOCIACAO DE MORADORES E PESCADORES DA VILA AUTÓDROMO (AMPVA) EM RESPOSTA AO JORNAL O GLOBO.</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">A Associação de Moradores e Pescadores da Vila Autódromo – AMPVA, CNPJ 30.122.410/001-76, situada na Avenida do Autódromo n. 16, baixada de Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro, através de seu presidente Altair Guimarães, e os demais moradores (as), repudia a matéria veiculada no jornal O Gl</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">obo publicada no dia 10 de maio de 2012, quinta-feira, no caderno Barra (n. 2.242).<br /><br />A matéria, assinada por Leandra Lima, deturpa e distorce as informações cedidas gentilmente pelo presidente da AMPVA, bem como da moradora Sandra Isidoro. Altair Guimarães jamais disse que aceitariam ser transferidos para o Parque Carioca, muito menos, declarou que o problema nesse processo seria o “temor que residentes de outras comunidades também sejam transferidos” (p. 13) para lá. A remoção não é um caminho aceito pelos moradores do bairro, assim como nenhum deles disse que não pretendem dividir o espaço com moradores de outras comunidades. A edição do O Globo, não demonstra fidelidade às informações fornecidas por Altair Guimarães, utilizou o discurso da liderança de modo incorreto ao realizar comparações indevidas da Vila Autódromo com outras comunidades do Rio de Janeiro. Os moradores da Vila Autódromo são conhecidos por sua resistência e pelo respeito às comunidades menos favorecidas da cidade que, como eles, lutam pelos seus direitos.<br /><br />Não existe, entre os moradores da Vila Autódromo, nenhum tipo de problema com relação aos moradores de outros bairros citados na reportagem já que muitos deles os frequentam pelo simples fato ser o endereço de seus familiares, como é o caso, por exemplo, da Cidade de Deus, Morro dos Macacos e Santa Cruz. E o presidente da AMPVA não considera, como a matéria leva a crer, que o tráfico de drogas ou milícia são consequências da falta de organização dos moradores dos outros bairros, pois estes também são vítimas dessa situação.<br /><br />Além disso, a resistência dos moradores não se faz em função do limitado tamanho das moradias impostas pela Prefeitura no futuro condomínio Parque Carioca, como também consta na mesma matéria do jornal O Globo. O fato de permanecer no bairro articula a luta por direitos, a luta por participação das decisões sobre a organização dos espaços da cidade e, por fim, a luta pela afirmação da dignidade humana.<br /><br />A matéria de Leandra Lima foi uma tentativa de diminuir a complexidade que incorpora a Vila Autódromo. A permanência na Vila Autódromo é legítima e uma luta que atravessa décadas. Ali se reivindica a permanência do bairro com a urbanização do lugar onde seus moradores pagam impostos, trabalham, se organizam, propõem e cobram do poder público.<br /><br />Por isso, a AMPVA tem elaborado conjuntamente com o Núcleo Experimental de Planejamento Conflitual (ETTERN/IPPUR/UFRJ) o “Plano Popular da Vila Autódromo”, que propõe a urbanização como saída democrática e mais barata à remoção. O plano contem os seguintes projetos: habitacional, de educação, saneamento e meio ambiente, economia local, transporte e desenvolvimento cultural. Cabe lembrar que a equipe técnica do Plano Popular da Vila Autódromo, formado por especialistas do Núcleo Experimental do Planejamento Conflitual (ETTERN/IPPUR/UFRJ), garante o desenho urbanístico do bairro como ocupação consolidada, ao contrário do que indica a reportagem. Para a efetivação do citado Plano a pequena parcela dos moradores que moram na faixa de 15 metros da Lagoa de Jacarepaguá propuseram, eles próprios, a mudança de suas casas para outra região do bairro.<br /><br />Os moradores da comunidade não são contra a realização da Copa e das Olimpíadas, só reivindicam o direito de continuarem morando no lugar onde construíram suas histórias e seus vínculos afetivos.<br /><br />A Vila Autódromo é um bairro marcado para Viver!<br />Viva a Vila Autódromo!<br /><br />ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E PESCADORES DA VILA AUTODROMO – AMPVA.<br /><br />Rio de Janeiro, 16 de maio de 2012.</span>
<br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Fonte: <a href="https://www.facebook.com/vivaavilaautodromo">https://www.facebook.com/vivaavilaautodromo</a></span></div>Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-146363713281757582012-04-20T22:03:00.000-04:002012-04-20T22:08:01.163-04:00MEGAEVENTOS E VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS NO RIO DE JANEIRO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Megaeventos e Violações dos Direitos Humanos no Rio de Janeiro - Dossiê do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do Rio de Janeiro.<br />
<br />
Para acessar o dossiê clique aqui: <a href="http://bit.ly/DossieRio2012">http://bit.ly/DossieRio2012</a> </div>Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-27311877628826554172012-03-09T22:08:00.000-04:002012-03-09T22:08:56.888-04:00Indignação, nunca<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaFmbVh0X3evfYAW0AmOvj81Jc-B_CmuUUYsEHCT2yhk8q8Dkeo7lCRNDjuKcoAMXDU0Two7ATKeHg9fWpdaCUxo6cMUt1LV35bnFAdZlu_FUC0CdJS31qTQCa4lx9AyQddnZv/s1600/Despejo-300x201.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaFmbVh0X3evfYAW0AmOvj81Jc-B_CmuUUYsEHCT2yhk8q8Dkeo7lCRNDjuKcoAMXDU0Two7ATKeHg9fWpdaCUxo6cMUt1LV35bnFAdZlu_FUC0CdJS31qTQCa4lx9AyQddnZv/s1600/Despejo-300x201.jpg" /></a></div>O <em>The New York Times</em> na segunda 5 publicou com destaque uma reportagem sobre a situação dos cidadãos brasileiros enxotados de suas moradias por se encontrarem no caminho das obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. A história não envolve somente o Rio, mas também outras cidades-sede do Mundial de Futebol. <em>CartaCapital</em> denunciou as remoções forçadas na edição de 20 de abril do ano passado. Poucos dias depois, a Relatora Especial da ONU, Raquel Rolnik, denunciou as autoridades municipais envolvidas na operação, que desrespeita a legislação e os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil para a defesa dos direitos humanos.<br />
Já então a relatora apontava diversas violações, “todas de grande gravidade”. Multiplicaram-se de lá para cá, inexoravelmente. Maus-tratos generalizados, “zero dias” de tempo para deixar a moradia, 400 reais de “aluguel social” enquanto o enxotado espera ser contemplado por algum demorado plano de habitação. Antes do diário nova-iorquino, nos últimos tempos levantaram o assunto outros jornais e sites estrangeiros, como <em>The Guardian</em>, <em>El País</em>, o <em>Huffington Post</em>. <em>CartaCapital</em> voltou a tratá-lo em janeiro passado, com uma larga reportagem assinada por Rodrigo Martins e Willian Vieira, intitulada “Os retirantes das favelas” para focalizar, entre outros aspectos, uma das consequências das remoções forçadas.<br />
<strong>E a mídia nativa?</strong> Não foi além de raros e ralos registros. Para saber das coisas do Brasil, recomenda-se amiúde recorrer à imprensa estrangeira. Ou melhor, seria recomendável o recurso. No mais, vale reconhecer, a mídia tem sido eficaz na manipulação das informações quando não na omissão dos fatos, de sorte a se fortalecer na convicção de que eventos por ela não noticiados simplesmente não se deram. É o resultado inescapável do conluio automático, tácito, instintivo eu diria, que se estabelece entre barões midiáticos e fiéis sabujos quando consideram ameaçado seu desabusado apreço pelo <em>status quo</em>.<br />
Encarada deste ângulo, é mídia de mão única, daí a eficácia da doutrinação. E esta, de certa forma, transcende as expectativas, pois os próprios doutrinadores se tornam doutrinados, ao acreditarem, eles mesmos, na situação definida por aquilo que relatam ou deixam de relatar. Não é necessário espremer as meninges para perceber o quanto o Brasil emburrece, não bastassem as taxas de ignorância atingidas por nosso ensino em todas as suas instâncias. Este que escreve tem a frequente oportunidade de constatar que os nossos universitários, em diversos rincões, ignoram a história recente, e nem se fale da antiga, salvo surpreendentes exceções.<br />
A aposta, no entanto, é esta exatamente, na ignorância da plateia, e nela se afogam em perfeita concomitância os jornalistas e seus patrões, em proveito do “deixa como está para ver como fica”. Certo é que o caminho das obras da Copa e das Olimpíadas se escancara com o sacrifício de incontáveis cidadãos para a felicidade de empreiteiros, políticos e quejandos. Quanto aos enxotados, disse cidadãos, mas terão eles consciência da cidadania? Vexado por uma opção fortemente populista, haverá quem consiga abrir os olhos para assistir ao assalto aos cofres públicos, de proporções nunca dantes navegadas. A maioria, entretanto, mais uma vez ou não enxerga ou se resigna, como se o enredo estivesse escrito nas estrelas.<br />
<strong>A indignação não é</strong> uma característica dos humores verde-amarelos, genuína manifestação da alma brasileira. Aceitamos que Ricardo Teixeira permaneça incólume à testa da CBF, ou que as denúncias formuladas no livro do repórter Amaury Jr. a incriminarem José Serra candidato à prefeitura de São Paulo sejam letra morta, ou que a Operação Satiagraha seja sumariamente enterrada a bem do onipresente orelhudo, o banqueiro Daniel Dantas, aparentemente sem o menor abalo nos precórdios, ou apenas e tão somente porque privados das condições mínimas para entender o significado disso tudo.<br />
Neste pântano a mídia nativa chafurda, em meio a uma pretensa redemocratização em um país que jamais conheceu a democracia, vincado por desequilíbrios sociais ainda monstruosos, incapaz de apagar de vez uma dita Lei da Anistia imposta pela ditadura e entregue a uma chamada Justiça destinada a proteger os ricos.<br />
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Fonte: <a href="http://www.cartacapital.com.br/sociedade/indignacao-nunca/">http://www.cartacapital.com.br/sociedade/indignacao-nunca/</a> <br />
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</div>Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-40622551932771618462012-03-08T14:36:00.000-04:002012-03-08T14:36:16.991-04:00Barbárie (artigo de Miguel Baldez).<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:DontVertAlignCellWithSp/> <w:DontBreakConstrainedForcedTables/> <w:DontVertAlignInTxbx/> <w:Word11KerningPairs/> <w:CachedColBalance/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New";">“Barbárie”</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New";">Miguel Baldez</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Courier New";">As aspas são uma referência à presidenta Dilma Rousseff que, segundo dizem os jornais, usou esta mesma expressão para classificar a violência do Estado de São Paulo contra a comunidade do Pinheirinho em São José dos Campos. Barbárie sim, mas e agora? Como vai comportar-se o governo federal? Acomodar-se e reduzir o fato em si a mero caso isolado, ou admitir, enfim, que não se trata de uma simples exceção política, como poderia, até com argumentos conceituais, manter na história do Brasil o atual fingimento democrático que esconde esta sociedade de privilégios e miséria cuja origem se perde na gestação colonial de estrutura escravista para projetar-se tempo afora sob o signo fortemente colorido da pobreza de seu povo, de parca alimentação e sequestrada moradia.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New";"><span> </span>A este povo nunca se reconheceu, concretamente, qualquer direito, apenas bem elaboradas formas e formulações jurídicas, uma bem urdida igualdade na lei. Se todos são iguais perante a lei, como diz lá a Constituição Federal em seu artigo 5º, a igualdade será sempre, sendo a lei abstrata, uma abstração.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New";"><span> </span>Pois está na imposição e eficácia da lei abstrata o principal meio de controle da sociedade. É através das leis que se reduzem a conflitos individuais as grandes contradições sócio-econômicas, é assim, como exemplo definitivo, que a contradição entre trabalho e capital, pela regulação do direito do trabalho, fica reduzida ao conflito entre empregado e empregador, é assim também que a contradição entre o latifúndio ou o agronegócio e a posse da terra configura-se como conflito pessoal entre o latifundiário e o posseiro.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New";"><span> </span>Foi, portanto, com poder político, força e fórmulas jurídicas que o poder econômico construiu em torno da terra no Brasil, antes dos mourões e do arame farpado, uma quase intransponível cerca jurídica, uma não, na verdade, duas cercas jurídicas, uma cerca morta, tecida com normas constitucionais, leis, regulamentos, regras, produzida por competentes artesãos de variados poderes institucionais, outra viva, representada por juízes, desembargadores e ministros de sabe-se lá quantos tribunais, e, principalmente, por ferozes policiais muito bem amestrados que se revezam com a imprensa como cães de guarda da propriedade privada.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
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</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New";"><span> </span>O repúdio ao massacre do Pinheirinho por sua dimensão nacional e mesmo, espera-se, internacional, vem reforçar o repúdio a todas as situações idênticas cada hora mais freqüentes nestes brasis: em Belo Horizonte, a heróica resistência de Dandara, no Rio de Janeiro, a permanente prática predatória do Prefeito e de seu fidelíssimo Secretário de Habitação, derrubando com frenético ritmo casas e mais casas da população pobre da cidade... E são todos religiosos e fiéis a seus respectivos credos... Como se dizia aliás de vários torturadores durante a ditadura militar.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New";"><span> </span>Como resistir? Só o povo, organizando-se, pode fazê-lo. Só o povo, reconhecendo-se como coletivo e com a consciência de sua realidade histórica, pode travar esta luta, que, sendo estratégica, é libertária, e pressupõe ética e igualdade substantiva. Mas esta é uma luta que não se trava sozinho. Daí ser fundamental o apoio de todos à gente do Pinheirinho, apoio do povo e das instâncias democráticas do campo institucional como as defensorias públicas em geral e outros órgãos, oficiais ou não, comprometidos com os princípios e as regras de direitos humanos.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New";"><span> </span>Enfim, em conclusão, um apelo à Exª. Srª. Presidenta da República. Diga, Exª., a essa gente do poder, que a sua prédica pela erradicação da pobreza, além do discurso, é um princípio constitucional (artigo 3º da Constituição Federal), e diga também, com forte ênfase, que erradicar a pobreza não significa acabar fisicamente com os pobres desta sofrida nação.<span> </span></span></div><br />
</div>Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-17476058840527441892012-03-03T22:54:00.000-04:002012-03-03T22:54:53.292-04:00Apoio de Diego Nogueira (EEFD - UFRJ)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><h6 class="uiStreamMessage uiStreamHeadline"><div class="actorDescription actorName" data-ft="{"type":2}"><a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000350698496" href="https://www.facebook.com/nogueira.diego">Diego Nogueira</a></div></h6><h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}"> <span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_4f52d7ea429419f89609629">Amigos, peço atenção para este assunto, que é da maior gravidade.<br />
Nesta semana, a prefeitura do Rio abriu a licitação para a construção do Parque Olímpico, projeto que transformará o Autódromo de Jacarepaguá em centro de atividades para 2016.<br />
<br />
O projeto conta com a remoção de aproximadamente 500 famílias da Comunidade Vila Autódromo, organizada no espaço desde a década de 70, resultado da expansão imobiliária no local na época, que retirou os pescadores das suas colônias.<br />
<br />
<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show"> Esse projeto é mais um que usará recursos públicos para a seu desenvolvimento, e ao final, será entregue à administração privada. E nós, que financiamos tudo isso, não teremos acesso livre ao espaço.<br />
<br />
Precisamos impedir que aconteça um novo Pinheirinho aqui no Rio. O direito à moradia é algo que não pode ser ignorado. A comunidade, inclusive, tem um Plano Popular de Desenvolvimento, organizado com apoio da UFRJ e UFF.<br />
<br />
Vamos à luta para impedir que mais esse absurdo aconteça! <br />
Não à remoção da Vila Autódromo! Pelo direito à moradia popular!<br />
<br />
BLOG da Comunidade: <a href="http://www.comunidadevilaautodromo.blogspot.com/" rel="nofollow nofollow" target="_blank"><span>http://</span><wbr></wbr><span class="word_break"></span><span>www.comunidadevilaautodromo.blo</span><wbr></wbr><span class="word_break"></span>gspot.com/</a><br />
Plano Popular: <a href="http://pontaodaeco.org/%7Elavica/planovilaautodromo.pdf" rel="nofollow nofollow" target="_blank"><span>http://pontaodaeco.org/</span><wbr></wbr><span class="word_break"></span>~lavica/planovilaautodromo.pdf</a></span></div><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_4f52d7ea429419f89609629"><span class="text_exposed_show"> </span></div><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_4f52d7ea429419f89609629"><span class="text_exposed_show">Fonte: https://www.facebook.com/groups/169864783048937/334335643268516/</span></div></span></h6></div>Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-38445369283291864412012-02-17T09:02:00.003-04:002012-02-17T09:10:22.457-04:00da Servidão Moderna<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><a href="http://carlos-geografia.blogspot.com/2012/02/da-servidao-moderna.html?spref=bl">CARLOS - Professor de Geografia: da Servidão Moderna</a>: Para quem quer ver uma visão diferenciadas sobre as novas relações de trabalho (na realidade as novas formas de escravidão), este é um vídeo muito interessante.<br />
<br />
Fonte: http://carlos-geografia.blogspot.com/2012/02/da-servidao-moderna.html</div>Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-9038077906167639792012-02-15T19:48:00.000-04:002012-02-15T19:48:57.660-04:00I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS DA REGIÃO SUDESTE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="background-color: #13353f; border-color: rgb(204, 204, 204); border-style: solid; border-width: 1px 1px 0px; padding: 13px 20px;"> <a href="http://intranet.ufrj.br/" target="_blank"><img alt="Sistema Integrado de Gestao Academica" border="0" src="http://gnosys.ufrj.br/static/img/images/logosiga2.png" title="Logo do Sistema Integrado de Gestao Academica" /></a> </div><span style="color: #515151; display: block; font-family: arial; font-size: 11px; font-weight: bold; line-height: 130%; padding-bottom: 30px;"> <br />
<br />
O <b>Núcleo Interdisciplinar de Estudo, Pesquisa e Extensão em Educação em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NEDH/UFRJ)</b> que tem como objetivo promover uma cultura de respeito aos Direitos Humanos na Universidade, através da mobilização de diferentes instâncias e experiências acadêmicas e do diálogo entre atores e grupos ligados ao tema da Educação em Direitos Humanos convida para o:<br />
<br />
<div align="center"><b><span style="text-decoration: underline;">I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS DA REGIÃO SUDESTE</span></b></div><br />
a ser realizado no dia <b><span style="text-decoration: underline;">20 de março de 2012</span></b> no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ.<br />
<br />
<b><span style="text-decoration: underline;">Programação</span></b><br />
<br />
9h -<b> Mesa de Abertura</b><br />
<br />
10h ao 12h - <b>Mesa de Educação em Direitos Humanos </b><br />
Palestrantes: Vera Candau - PUC/RJ e Vanessa Batista – UFRJ<br />
<br />
13h30 às 16h – <b>Debate em Grupos de Trabalho (GTs)</b><br />
- Educação Formal<br />
- Educação Informal (com ênfase nos operadores da Segurança Pública)<br />
- Educação e Mídia<br />
- Políticas institucionais de Educação em Direitos Humanos<br />
<br />
16h às 18h - <b>Plenária de socialização dos resultados dos GTs </b><br />
<br />
<b>Local: Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (IFCS/UFRJ)</b><br />
<b>Data: 20 de março 2012 </b><br />
<br />
A inscrição para participação no evento deve ser feita através do email <a href="mailto:nedh@pr5.ufrj.br" target="_blank">nedh@pr5.ufrj.br</a> ou no local e dia do evento.<br />
<br />
Os interessados em expor pôster no evento ou em realizar comunicação oral no âmbito dos grupos de trabalho sobre experiências em Educação em Direitos Humanos devem enviar um resumo de no máximo duzentas (200) palavras até o dia 12 de março de 2012.<b> </b><br />
<b>O prazo para o envio de artigos completos sobre Educação em Direitos Humanos (7 a 10 páginas) para a publicação no ANAIS (versão digital) é dia 12 de abril de 2012. </b><br />
<br />
<br />
<b>Todas as contribuições devem ser enviadas para o email</b> <a href="mailto:nedh@pr5.ufrj.br" target="_blank">nedh@pr5.ufrj.br</a>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaJQg3-D7Aaz2zpzElmNUPa6u1xXBgRuQF36A5uSxTmc9u1TjFzoxf58h-o8Ygpq7l6x6cemUG8JfDOAxaNXtZ8Ty3lOm0VGjuXbdos0cJUFe-0V_QkifK0if3JpnScz_f5307/s1600/cartaz_seminario_cor_final.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaJQg3-D7Aaz2zpzElmNUPa6u1xXBgRuQF36A5uSxTmc9u1TjFzoxf58h-o8Ygpq7l6x6cemUG8JfDOAxaNXtZ8Ty3lOm0VGjuXbdos0cJUFe-0V_QkifK0if3JpnScz_f5307/s320/cartaz_seminario_cor_final.jpg" width="224" /></a></div><br />
</span></div>Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-75554982852111407582012-02-13T13:44:00.003-04:002012-02-13T13:44:58.943-04:00Tatuzaroio inicia filmagens de documentário sobre o sistema ferroviário carioca<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-1pW1ZAYg290/TzlL0aoxoWI/AAAAAAAAAKA/ep06j5Dxd9I/s1600/IMG_0400.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-1pW1ZAYg290/TzlL0aoxoWI/AAAAAAAAAKA/ep06j5Dxd9I/s320/IMG_0400.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><br /></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b>Jaqueline Silva</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Pegamos
os trilhos para documentar a situação dos trens cariocas que
circulam todos os dias e a rotina dos 60 mil trabalhadores que
dependem desse meio de transporte público para se locomover e
precisam enfrentar uma verdadeira maratona até chegar ao seu local
de destino.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A
aproximação de dois megaeventos a ser sediados no Rio - a Copa do
mundo em 2014 e as olimpíadas de 2016 – somada à construção de
dois complexos de trabalho, um siderúrgico e um pólo petroquímico,
trazem à tona o debate sobre as mudanças urgentes que precisam ser
feitas para que o trem possa transportar seus passageiros de forma
mais eficiente.
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Nossa
equipe percorreu os extremos desses trechos colhendo imagens,
depoimentos e experiências de heróis do dia a dia, trabalhadores
que merecem ser assim chamados por conseguir utilizar um transporte
com tantas falhas de operação em que se transformou o trem na
cidade e municípios do Rio de Janeiro.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Com uma
malha viária de pouco mais de 252 km de extensão, e trechos que
ligam as principais vias de acesso para as zonas norte, oeste,
central, metropolitana e baixada fluminense, os usuários dos trens
sentem ainda dificuldades no serviço oferecido e se queixam de
constantes atrasos nos horários de partidas, carros insuficientes,
calor, estrutura desgastada, falta de banheiros nas estações e
preço elevado das passagens.
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Já em
fase de produção, o documentário surge de uma parceria do Coletivo
Tatuzaroio com o Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de
Janeiro (SENGE) e com o Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia
(CREA), com a proposta de apresentar o Projeto Central, que prevê a
recuperação, assim com a modernização imediata do sistema
ferroviário. O lançamento do documentário está previsto para
abril em evento aberto à população, na Central do Brasil.</div>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-13384328869537408252012-02-06T23:16:00.000-04:002012-02-06T23:16:50.460-04:00Vitória na Vila Autódromo!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><h3 class="post-title entry-title"> Vitória na Vila Autódromo! </h3><div class="post-header"> </div>Acompanhamos, nas últimas semanas o massacre na cidade de São José dos Campos, com a remoção de 9 mil trabalhadores de suas residências, em uma decisão judicial que, mais uma vez, beneficiou banqueiros e privilegia a especulação imobiliária.<br />
<br />
Esse quadro não é novo no Brasil, e depois da vinda dos Megaeventos esportivos, só se intensificou. Muitas famílias estão sendo despejadas, por conta do “progresso” e do “legado” dos jogos.<br />
No Ceará, famílias foram expulsas dos arredores do Castelão, para “limpar” a área que receberá jogos da Copa. No Rio, comunidades próximas ao Maracanã (região da Mangueira) tiveram seus imóveis demolidos pela prefeitura, e o pior, sem mandato ou ordem judicial. Tudo feito com consentimento dos governos municipal e estadual.<br />
<br />
Mas ainda temos exemplo de vitórias dos trabalhadores. A comunidade Vila Autódromo é um exemplo de resistência. No caminho do BRT e das reformas na área do Recreio/RioCentro, a comunidade se tornou um problema aos interesses dos empresários. Apesar das várias tentativas de remoção, os advogados da comunidade conseguiram adiar, pelo menos momentaneamente, o início do processo.<br />
<br />
A comunidade, onde inclusive um aluno do CAEFD, Elias Serafim, reside, trava uma batalha judicial desde 1993 para permanecer no local, e conta com parceria com universidades, já tendo projeto de urbanização.<br />
<br />
Vemos que cada vez mais, se intensifica o processo de colisão de interesses públicos e privados, onde o governo e a justiça se posicionam a defender os lucros dos empresários. Uma comunidade que já reside a quase 20 anos não pode ser retirada, seus moradores não podem ser despejados, seus imóveis destruídos, só para atender a demanda do mercado.<br />
<br />
Todo apoio à luta dos moradores da Vila Autódromo!! O CAEFD está com vocês!!<br />
A luta pela moradia também é uma luta dos estudantes!! <br />
<br />
<br />
Fonte: <a href="http://ufrjcaefd.blogspot.com/2012/02/vitoria-na-vila-autodromo.html">http://ufrjcaefd.blogspot.com/2012/02/vitoria-na-vila-autodromo.html</a></div>Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-51424065621211659372012-01-31T09:11:00.001-04:002012-01-31T09:15:58.197-04:00Plano Popular da Vila Autódromo: Plano de Desenvolvimento Urbano, Econômico, Social e Cultural.<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="il">Plano</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="il">Popular</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"> de Desenvolvimento Urbano, Econômico e Social </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="il">da</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="il">Vila</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="il">Autódromo</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"> – Versão Preliminar, elaborado pela Comunidade com assessoria técnica do ETTERN/IPPUR/UFRJ e do NEPHU/UFF. Para acessar clique aqui: <a href="http://pontaodaeco.org/~lavica/planovilaautodromo.pdf" target="_blank">Plano Popular da Vila Autódromo</a></span>LAVICAhttp://www.blogger.com/profile/03948603346244229505noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-86986870784197591192012-01-27T12:23:00.001-04:002012-01-27T12:25:28.709-04:00Toda solidariedade aos moradores do Pinheirinho! Abaixo a repressão de Alckmin e da PM!Na manhã deste domingo, 22 de janeiro, o governo tucano do Estado de São Paulo desrespeitou uma decisão do judiciário federal e iniciou uma violenta invasão ao Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). Desde 2004, 1600 famílias ocupam a área, lutando pelo direito à moradia. As mais de 9 mil pessoas que vivem e trabalham ali estão, neste momento, sendo retiradas de suas casas sob forte repressão.<br />
<br />
A justiça e o Estado mostram, mais uma vez, de que lado estão. Contra 1600 famílias trabalhadoras, defendem os interesses da especulação imobiliária na área e de Naji Nahas, processado por diversos crimes fiscais, que disputa o terreno do Pinheirinho. A área foi abandonada por compor a massa falida de uma das empresas fraudulentas de Nahas.<br />
<br />
A situação no Pinheirinho é gravíssima e exige uma forte resposta dos movimentos sociais. A ação ilegal da PM conta com 2 mil homens, blindados, helicópteros e soldados da tropa de choque usando gás pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e atirando nos moradores com balas de borracha. Há denúncias de que também houve tiros com armas de fogo, muitos feridos (incluindo crianças e mulheres grávidas) e mesmo de mortos no local. Com internet, telefone e acesso restrito à região, a ação violenta da PM de Alckmin de desdobra durante todo o dia sem nenhuma atenção da grande mídia.<br />
<br />
O Coletivo Marxista apóia integralmente a luta dos moradores do Pinheirinho por moradia e dignidade, e repudia o massacre dirigido pelo governador Alckmin, sustentado pelo prefeito Eduardo Cury (também do PSDB) e ordenado diretamente pela juíza Márcia Loureiro. É importante destacar também que a presidenta Dilma ignora a situação até este momento: nenhuma atitude para parar o massacre ou ao menos uma declaração. Desta forma, o governo do PT se torna conivente com mais essa demonstração da escalada de violência e repressão aos movimentos sociais e ao povo pobre no Brasil. Pinheirinho não é um caso isolado: faz parte de um cenário cada vez mais preocupante e que exige respostas concretas da militância de todos os movimentos sociais.<br />
<br />
Defendemos: suspensão imediata da ação policial, punição aos responsáveis pelo massacre, moradia digna para os moradores do Pinheirinho, com expropriação da área! Manifestações já estão sendo organizadas em diversas cidades em apoio ao Pinheirinho.<br />
<br />
Fonte: http://coletivomarxista.blogspot.com/2012/01/toda-solidariedade-aos-moradores-do.htmlElias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-76336851884146748592012-01-26T16:15:00.000-04:002012-01-26T16:24:29.092-04:00Vila Autódromo barra na justiça licitação da Prefeitura<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/6MUvXsFTaT8" width="560"></iframe>
<br />
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
<div style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div>
</div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px;">*Reportagem escrita disponível em português e espanhol</span></div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: right; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px; text-align: right;">
<span style="font-size: small;">Fonte: www.tatuzaroio.com.br</span></div>
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin: 0px;">
Juan Pablo Díaz Vio</div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: right; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Coletivo Tatuzaroio</div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
No último dia 18 de janeiro, a comunidade da Vila Autódromo se reuniu com a Defensoria Pública do Estado para certificar a paralisação dos processos de licitação dos projetos de infra-estrutura relacionados com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. As obras planejadas para atender as demandas desses megaeventos esportivos têm representado uma grave ameaça à comunidade, que, em função disto, corre o risco de ser removida. O encontro ocorreu em frente à Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.</div>
<a name='more'></a></div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Em mais um capítulo da luta que a Vila Autódromo vem mantendo para assegurar seu direito de moradia, o presidente da comunidade Altair Antunes chegou ao décimo quinto andar do prédio da prefeitura para confirmar a prorrogação da apresentação de propostas e a suspensão das licitações dos diferentes projetos de parceria público-privada para a construção do chamado “Parque Olímpico” (<a href="http://concursoparqueolimpicorio2016.iabrj.org.br/Resultado" target="_blank">ver projetos do concurso</a>). Junto com o líder comunitário, estiveram também presente no ato Giselle Tanaka – integrante do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ), e os defensores públicos Bernardo Marcos Días e Ralph Lima Fonseca. A abertura dos processos de licitação permanecerão suspensas até o dia cinco de março do presente ano (<a href="http://www.tatuzaroio.com.br/2012/01/mudancas-sao-possiveis-vila-autodromo.html" target="_blank">ver matéria</a>).</div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Segundo Bernardo Marcos Días, que faz parte do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, a nova determinação judicial visa impedir que a administração municipal promova ações que atentem contra os direitos adquiridos dos cidadãos. “Ainda que seja provisória, a ordem judicial é válida até que a Prefeitura cumpra com os requisitos que a Defensoria Pública estipulou em Medida Cautelar”, alerta. O defensor público Ralph Fonseca esclareceu que, além disso, o judiciário deverá cuidar para que nenhuma nova licitação seja aberta até que todas as decisões legais sejam cumpridas.</div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Gisele Tanaka alerta, no entanto, que ainda há luta pela frente. “A prefeitura ganhou tempo para realizar a licitação e poder entrar com recurso contra a ordem judicial. Mas a defensoria está preparada e continuará mobilizada para responder se o direito de moradia da comunidade está sendo ou não garantido”, pondera.</div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
Enquanto se espera os próximos passos da prefeitura em relação aos procedimentos legais para a execução dos projetos do Parque Olímpico, a comunidade da Vila Autódromo continuará resistindo, tanto por meio dos processos judiciais quanto pelo ativismo político e social. A articulação com instituições acadêmicas tem lhes permitido construir uma proposta alternativa ao projeto público-privado que pretende removê-los.</div>
</div>
<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
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<b>Histórico de luta</b></div>
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<div style="margin: 0px;">
A comunidade da Vila Autódromo vem resistindo às investidas do Estado desde os jogos Panamericanos do ano de 2007. Conscientes, então, de que estes seriam apenas uma preparação para as Olimpíadas, a comunidade permanece organizada até os dias de hoje e tem contado com o apoio técnico das Universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fluminense (UFF). Porém, a luta pelo direito à moradia é mais antiga. Vem se mantendo desde de 1993, quando foram abertos os primeiros processos judiciais. A Vila Autódromo não desiste. E segue orgulhosa e mobilizada contra o avanço dos grandes interesses econômicos.</div>
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<b>Vila Autódromo detiene judicialmente licitación municipal en Rio de Janeiro</b></div>
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Juan Pablo Díaz Vio</div>
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Coletivo Tatuzaroio</div>
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<div style="margin: 0px;">
El día 18 de enero, la comunidad de la Vila Autódromo se reunió con la Defensoría Pública frente a la Municipalidad de la ciudad de Rio de Janeiro, para hacer certificar la detención de los procesos de licitación que afectarán a la comunidad producto de los proyectos relacionados con la Copa 2014 y las Olimpiadas 2016.</div>
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<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
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<div style="margin: 0px;">
En un capitulo más de la lucha que mantiene la comunidad de la Vila Autódromo, el presidente de la comunidad Altair Antunes junto con Giselle Tanaka del IPPUR (Instituto de Pesquisa y Planificacion Urbana y Regional) y los defensores públicos Bernardo Marcos Días y Ralph Lima Fonseca llegaron hasta el décimo quinto piso de la Municipalidad para corroborar la prorrogación de presentación de propuestas y la suspensión de la abertura de los sobres con las bases para las licitaciones de los diferentes proyectos de colaboración Publico-Privada llamada “Parque Olímpico” (<a href="http://concursoparqueolimpicorio2016.iabrj.org.br/Resultado" target="_blank">ver proyectos del concurso</a>).</div>
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<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
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Efectivamente, junto con la suspensión de la licitación el día 18 de enero (<a href="http://www.tatuzaroio.com.br/2012/01/mudancas-sao-possiveis-vila-autodromo.html" target="_blank">ver materia</a>), la municipalidad suspendió la abertura de las licitaciones hasta el día 05 de marzo del presente año. Como señala Bernardo Días, del Núcleo de Tierras y Habitación de la Defensoría Pública del Estado de Rio de Janeiro, “fue publicado en el diario oficial del municipio, la prorrogación del plazo para la presentación de propuestas, entonces la abertura de los sobres sera realizada el día 05 de marzo a las 14:30h, de cualquier forma la orden judicial provisoria aún es valida hasta que la Municipalidad cumpla con los requisitos que la Defensoría Pública estipuló en la medida cautelar”. Ralph Fonseca, también de la Defensoría Pública agrega que el juez será informado para que se realice una nueva citación para que no existan licitaciones hasta que sean cumplidas las decisiones.</div>
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<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
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<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
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La comunidad de la Vila Autódromo lleva resistiendo los embates del Estado desde los juegos Panamericanos del año 2007. Sabiendo que eran solo un ensayo para lo que serían las olimpíadas, la comunidad continuó organizándose hasta el día de hoy, contando con el apoyo técnico del IPPUR de la UFRJ (Universidad Federal de Rio de Janeiro) y de la UFF (Universidad Federal Fluminense). Giselle Tanaka del IPPUR, afirma que “nosotros vinimos aquí hoy para estar seguros que no se realizaría el anuncio de los resultados de las licitaciones. Subimos con el defensor público y al preguntar si habría o no licitación, nos informaron que fue prorrogada, que publicaron en el diario oficial, que darían otro plazo para que entren mas empresas. Esto no elimina la orden judicial de la defensoría pública. La Municipalidad usó esta estrategia porque no iban a conseguir presentar un recurso. La Municipalidad ganó un tiempo para realizar la licitación, y en este tiempo pueden entrar con ese recurso. Pero la defensoría también esta preparada para responder, si el derecho de habitación de la comunidad está o no garantizado, la defensoría continuará movilizada.”</div>
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<div style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
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Mientras se esperan los próximos pasos que tomará la Municipalidad en cuanto a los procesos legales para la ejecución de los proyectos del Parque Olímpico, la comunidad de la Vila Autódromo, continuará resistiendo. Tanto a través de los procesos judiciales como en el activismo político y social. Su articulación con organismos académicos le ha permitido levantar una alternativa al proyecto público-privado que pretende removerlos. Una lucha que se extiende desde 1993 a través de procesos judiciales. La Vila Autódromo no desiste y sigue orgullosa y de pie frente a los grandes intereses económicos.</div>
</div>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-54846814343522959552012-01-20T19:23:00.001-04:002012-01-20T19:23:25.601-04:00Compas,<br />
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estou tentando me incorporar neste blog. Favor me retorne se tive sucesso. Parabens pela iniciativa.<br />
saudações ecossanitárias, AlexandreApessoahttp://www.blogger.com/profile/17757222192522314272noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-20436584860223488432012-01-18T19:48:00.000-04:002012-01-18T19:48:59.563-04:00Histórico da ComunidadeI - DO HISTÓRICO DOS PESCADORES<br />
<br />
Conforme os arquivos nacionais – Biblioteca Nacional – RJ. Em 1887 foi qualificada pela Marinha do Brasil a função de pescador. O Capitão de Fragata Fernando de Nabuco Donosor sabendo que os pescadores eram os verdadeiros conhecedores da geografia do mar, de seus portos e rotas, criou a qualificação de Pescador Profissional, inclusive com o objeto de obter informações sobre posições estratégicas de defesa do nosso litoral.<br />
Em 1906 criou-se a 1ª Colônia de pesca do Brasil, exatamente em Jacarepaguá que se confundia (como até hoje) com a Barra e o Camorim. O acesso às lagoas e as praias era conhecido por caminho das pedrinhas, (hoje Ladeira São Gonçalo do Amarante, e o Caminho do pescador (hoje Av. Salvador Allende).<br />
Por esta época, o complexo da Lagoa de Jacarepaguá e suas lagoinhas (aterradas dando lugar ao Rio Centro e ao Autódromo) constituía um berçário natural, alimentado pelos rios, córregos e o mar.<br />
As colônias de pescadores inicialmente implantadas em três partes estratégicas no Brasil, com objetivos de observação militar foram: 1 colônia, Rio de Janeiro (de Sepetiba até a Ilha do Governador) 2ª Colônia, Espírito Santo e a 3ª Colônia, Bahia de São Salvador.<br />
Em 1924, desdobrou-se a 1ª colônia (RJ.) em várias colônias de pescadores, atualmente a nossa é a Z-13 (abrange de Leme até o Recreio).<br />
No Governo do presidente Getúlio Vargas, anos 40, com a política trabalhista, valorizando a figura do pescador, Getúlio cedeu sessenta mil contos de réis para a sede da colônia, que era em Jacarepaguá, se transferir para Copacabana, onde está até hoje. Observamos que os primeiros habitantes de Copacabana foram os pescadores e que nenhum mora atualmente na praia ou próximo, habitam eles hoje, em morros, favelas ou nas ruas.<br />
Com o processo de urbanização desenfreado dos bairros da zona sul, em especial Copacabana (inicio do século XX) os pescadores do Caju, Ramos, Ilha do Governador, sob a pressão imobiliária, a poluição ambiental, industrial, uma legislação mais sindicalista e operaria, as grandes obras públicas, reduziram estas colônias de pescadores em apenas referencias históricas.<br />
Reduzidos, os núcleos de pesca se transformaram por força de sua organização social em Associação de pesca, com o objetivo de maior intercâmbio entre os municípios. E seguindo a tendência histórica, sua geográfica e economia em Associação de Pescadores e moradores. A nossa Associação teve sua origem quando ainda vigorava o sistema de Capatazia criado pela Marinha do Brasil, que até hoje ainda nomeia a figura do Capataz. A Capatazia da Colônia em nossa área – Barra – Jacarepaguá era coordenada (1970) pelo Capataz Marco Aurélio, vulgo Russo, que sem condições de administrar uma grande área, cobiçada por especuladores imobiliários, pressionada pelo crescimento urbano, sofrendo toda espécie de degradação ambiental, teve sua figura de capataz extinta. Russo habitava com sua família e mais dezenas de pescadores, inclusive a família do falecido Tenório em área do entorno da Lagoa de Jacarepaguá. Com a construção do Rio Centro (Centro de Convenções e os prédios), todos os pescadores desta área foram expulsos. O pescador Tenório se abrigou próximo ao Autódromo e Russo próximo do Rio Centro (Camorim). Tenório foi assassinado por ocupar esta área e Russo mora hoje em favela do Camorim e é catador de ferro velho.<br />
<br />
II - Do Histórico da Comunidade<br />
<br />
Quando o Rio de Janeiro ainda era Estado da Guanabara, quando ainda não havia SERLA, FEEMA, Secretaria do Meio Ambiente, nem sequer havia ali luz da Light, quando ninguém queria morar pelas bandas da Barra e Jacarepaguá, porque era área rural, local deserto e inóspito, cheio de mosquitos, sem iluminação, água encanada e transporte, só pescadores ali habitavam por necessidade e questão de sobrevivência.<br />
<br />
Desde 1962 aqueles pescadores ocupavam as margens da Lagoa de Jacarepaguá, que eles denominavam Lagoinha, parte da qual foi aterrada em 1975 para as construções do Autódromo de Jacarepaguá e de um conjunto residencial para a Aeronáutica.<br />
Tanto estas construções quanto o aterro das pequenas lagoas existentes no local empurraram aqueles pescadores para uma estreita faixa de terra entre os muros do Autódromo e a sinuosa margem da lagoa.<br />
<br />
A atual comunidade Vila Autódromo, nos seus quarenta anos de existência, originou-se daqueles pioneiros pescadores e suas famílias, passando sua história por quatro ciclos:<br />
1º ciclo: Grupo de pescadores liderados pelo Srs. Pernambuco ( mora ate hoje na casa 48 da margem da lagoa), Tenório e Natal ( estes falecidos ). Naquela época tais pescadores e suas famílias viviam exclusivamente da pesca e trocavam o pescado por verduras com o Sr. Cornélio e Dna. Maria, que mantinham hortas próximas à Lagoa.<br />
<br />
2º ciclo: Construção do Rio Centro<br />
3º ciclo: Construção do Autódromo de Jacarepaguá<br />
4º ciclo: Construção do Metrô<br />
<br />
Com as grandes obras dos anos 70, muitos núcleos de pescadores foram deslocados e migraram para a região, formaram novas comunidades (Camorim, Rio das Pedras, Muzema) e agregaram-se as já existentes, como a Vila Autódromo, e organizaram-se em Associações de Pescadores e Moradores.<br />
As construções do Rio Centro e do Autódromo trouxeram ainda muitos trabalhadores, que por não terem moradia ou morarem muito longe, acabaram transferindo-se para a região com as respectivas famílias, quando não formaram simplesmente novas famílias, integrando-se desta forma com os habitantes originais.<br />
Com o final da última grande construção daquela época, a do Metrô, nova leva de operários migrou para a região em busca das oportunidades de trabalho propiciadas pelas construções e pelos novos condomínios da Barra e da pesca farta na Lagoa.<br />
<br />
Aquela mescla de pessoas de diferentes origens formou a comunidade Vila Autódromo, que conseguiu se organizar juridicamente em 1987, ao fundar a Associação dos Moradores e Pescadores da Vila Autódromo – AMPAVA , com estatuto, sede própria, CGC, e demais formalidades legais. A partir daí a comunidade conquistou luz elétrica, água encanada, fossas assépticas e sumidouros em todas as residências, telefones, ruas traçadas, documentação formal e registro na Marinha e no Ibama para os remanescentes sessenta pescadores profissionais, duas igrejas evangélicas e um núcleo da Pastoral das Favelas da Igreja Católica. Tudo construído e organizado pelos próprios moradores, sem qualquer apoio governamental a despeito do IPTU pago por boa parte dos moradores com base na mesma planta de valores aplicada na Barra da Tijuca.<br />
<br />
Em 1989, quando tínhamos na Prefeitura o Dr. Marcelo Alencar, este autorizou o assentamento, ali, de várias famílias oriundas da Comunidade Cardoso Fontes.<br />
Em 1994 a antiga Secretaria da Habitação e Assuntos Fundiários do RJ, através do Processo Administrativo E-200011057/93, em decisão publicada no D.O. de 04/04/94, assentou legalmente na Vila Autódromo mais sessenta famílias.<br />
Em 1997 cento e quatro famílias receberam titulação do Governo do Estado.<br />
Em 1998 os moradores da faixa marginal da Lagoa receberam Concessão de Uso Real por noventa e nove anos da antiga Secretaria da Habitação e Assuntos Fundiários do RJ, publicada no D.O. de 31/12/98.<br />
Em 12/01/2005 a Câmara Municipal do Município do Rio de Janeiro decretou parte da comunidade Área de Especial Interesse Social. ( Projeto 75-A/2004).<br />
<br />
Atualmente 90% da comunidade tem casas de alvenaria embocadas e pintadas, com geladeiras e televisores. Parte significativa já dispõe de condução própria, uma necessidade dada a deficiência do transporte publico que serve a comunidade. Pode-se constatar “In loco” os bons hábitos sociais e a responsabilidade ambiental da comunidade, que é também ordeira, pacifica e produtiva, preocupa-se em manter uma relação harmoniosa e respeitosa com a Lagoa e seu ecossistema.<br />
<br />
Observa-se também na comunidade grande evolução social das famílias, que ao longo dos anos conduziram seus filhos para o estudo e a formação profissional, ganhando assim a sociedade cidadãos formados mecânicos, eletricistas, pintores, bombeiros, costureiras, pedreiros, técnicos, professores, artistas, engenheiros, comerciantes e micro empresários. Atribuímos este desenvolvimento econômico, social, mental e psicológico à proximidade com a natureza e a Lagoa, alem da condição financeira decorrente de todos habitarem imóveis próprios, libertos portanto dos grilhões do aluguel.<br />
<br />
<br />
<br />
III - Dos Sentimentos da Comunidade<br />
<br />
Entendemos que a sociedade ética é aquela que tece compromissos de longo prazo, com direitos inalienáveis e obrigações, planejamento e projetos para o futuro, compromissos do tipo “ compartilhamento fraterno”, reafirmando o direito de todos e um seguro social contra os erros e desventuras, porque a atribuição que nos dão de “favelados” “feios” e "poluidores” não é uma questão de escolha, é antes o resultado da secessão. Somos lançados em um mundo de modernidade sem modernismo e a natureza dos “direitos humanos” é o direito a ter a diferença reconhecida e continuar diferente sem temor , todos em condições de igualdade.<br />
E a injustiça que sentimos não é pela comparação de inveja, mas antes pela separação geográfica, cultural e econômica. Por que podem condomínios, shoppings e outros empreendimentos no entorno das Lagoas? Por que não há nenhum pescador morando próximo à orla das praia ou lagoas do RJ?<br />
Observamos com amargura que não há estudo sobre os desempregados, os sem teto, os que moram nas ruas, enquanto uma elite global de negócios da indústria e do turismo está em uma zona protegida da cidade. É a sucessão dos bem-sucedidos, dos poderosos que atribuem generosos benefícios a si próprios a partir dos recursos da sociedade e que nos condena cada vez mais a uma miséria sem perspectiva e removidos, exilados, enquanto esta elite global vive num mundo acolchoado, em que tudo pode ser feito e refeito, num mundo onde não há lugar para duras realidades, como a pobreza, nem para a indignidade, nem para a humilhação de ser incapaz de participar do “jogo do consumo”. Somos a comunidade dos fracos e oprimidos.<br />
Desejamos ser vistos como uma comunidade que não é descartável, que tem uma história, a história da laboriosa construção da nossa memória. E que cada passo que nos afasta da nossa casa, da nossa comunidade, vemos como mais uma catástrofe que empilha destroços sobre destroços, nos faz sentir como hebreus escravos no Egito, enquanto grupos imobiliários ou políticos privilegiados podem desfrutar de segurança existencial, luxo negado ao resto.<br />
Desenraizados, não haverá para nós dignidade, mérito e honra. Seguir outro caminho, sem alma, sem laços, sem identidade, sem companhia, sem vizinhos, obedecer aos decretos e as remoções, sem chance de escolha, nos leva a detestar a tudo e a todos, é desumano.<br />
Destruir os laços comunitários que nos mantêm em uma comunidade natural, seria nos submeter pela coação, nua e sem sentido, à perda da dignidade, mérito e honra. E a imagem que vai nos restar é a de que o lugar de nossas casas não passa agora de pegadas, espaços vazios, lembranças apagadas pelos ventos, como já aconteceu no passado. E o lugar para onde iremos estará vazio de valor moral, de memória humana, de hospitalidade, repulsivo. Desapareceram o carteiro que nos conhece, a escola que nossos filhos estudam, a igreja que freqüentamos. Nestes lugares estarão os Condomínios, os Shoppings os Resorts, ( Marapendi é testemunha) as cadeias de boutiques impessoais.<br />
O aconchego do nosso lar, nossos laços de sangue devem ser buscados diariamente, na linha de frente, na luta diária, reconstruindo sempre a nossa unidade através de um acordo e de um entendimento comum, mesmo que seja um único acordo disponível.<br />
<br />
<br />
<br />
IV – Do pedido à SERLA<br />
<br />
<br />
Cada passo que nos afasta da nossa Comunidade será visto por nós como uma iniqüidade. O balanço do passado nos indica que não houve nenhuma ação protetora a favor dos pescadores e do seu “habitat”. A afirmação de que causamos poluição ambiental é proferida por pessoas privilegiadas social e culturalmente, não falam por nós, mas por aqueles que consideram o mundo uma ostra de sua propriedade e mundo este que só está disponível para um grupo seleto de pessoas, que por sua vez não aceitam que podemos viver em uma época que pode ser ao mesmo tempo de emancipação, inclusão, autonomia, compromisso social e ambiental, nos tornando portadores de direitos, de sentimentos de segurança, compartilhamento, parceria, evitando que todos nós fiquemos catatônicos e frustrados em nossas ações, e dando às nossas vidas um sentido humano.<br />
A nossa permanência aqui não oferece riscos à sociedade e nem ao meio ambiente. Seguirmos rigorosamente o caminho que a SERLA nos indicar, suplicando à SERLA não nos negar o que necessitamos. Sabemos ser a SERLA um órgão técnico, mas suplicamos aos seus dirigentes uma aproximação social e reflexão sobre:<br />
<br />
“Qual dos direitos é o mais forte - forte o bastante para anular ou por de lado as demandas que invocam o outro? ”<br />
(Charles Taylor) <br />
<br />
COMUNIDADE VILA AUTÓDROMO – ASSOCIAÇÃO DE MORADORES, PESCADORES E AMIGOS DA VILA AUTÓDROMO.<br />
BAIXADA DE JACAREPAGUÁ – RIO DE JANEIRO – BRASIL.Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-77282681208223741292012-01-17T22:03:00.000-04:002012-01-17T22:03:30.819-04:00Vila Autódromo comemora a suspensão da licitação do Parque OlímpicoNota Pública: Vila Autódromo comemora a suspensão da licitação do Parque Olímpico
Reunida em assembléia, em 17 de janeiro, a Associação de Moradores e Pescadores da Vila Autódromo comemora a decisão da 5ª Vara da Fazenda Pública, de atender à ação que movemos, junto com o Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, e suspender a licitação convocada para o dia 18 de janeiro de 2012 por edital para a Parceira Público-Privada para a construção do Parque Olímpico. Ao suspender esta licitação, reconheceu a Justiça que os direitos da comunidade estão ameaçados pela ação da Prefeitura, que apenas se tem preocupado em favorecer grandes empreiteiras.
A suspensão da licitação oferece ao governo e, sobretudo, à sociedade carioca um tempo para refletir sobre as dramáticas consequências da ação da Prefeitura que, de maneira truculenta, vem removendo de maneira absolutamente ilegal milhares de famílias de suas comunidades e residências. A realização da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016 não podem servir de pretexto para a entrega de recursos e terras públicas para grandes empreiteiras, nem para a expulsão de bairros e comunidades populares.
Hoje comemoramos mais uma vitória de nossa comunidade. É uma luta que vem dos anos 1990, quando conquistamos o reconhecimento de nosso Direito Real de Uso e tivemos o estabelecimento legal da Zona Especial de Interesse Social. Na preparação dos Jogos Panamericanos tentaram nos expulsar. Agora voltam a nos ameaçar, atemorizar e pressionar, para entregar nossa área aos especuladores.
Nós dizemos não, não nos moverão. Pelo nosso Direito à Moradia, lutaremos até o fim.Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-40898701937539337992012-01-03T23:02:00.002-04:002012-01-03T23:08:05.348-04:00Megaeventos: Vila Autódromo resiste e apresenta projeto alternativoAbram alas para o bloco dos empreiteiros passar. Parece ser esse o lema do estandartes carnavalescos dos governos estadual e municipal no Rio de Janeiro. A Copa do Mundo e as Olimpíadas vão trazer muita alegria para as grandes corporações econômicas, mas para algumas comunidades, esses megaeventos representam uma ameaça ao direito à moradia. Em Jacarepaguá, bairro na zona oeste do Rio que foi invadido pela especulação imobiliária, o plano de higienização social está em plena operação, embora invisibilizado pela grande mídia, que se comporta como a assessoria de comunicação do bloco do concreto e da remoção.<br /><br />Reunidos no dia 18 de dezembro em assembleia geral, moradores da Vila Autódromo, localizada às margens da Lagoa de Jacarepaguá, aprovaram o Plano Popular da Vila Autódromo, uma alternativa ao projeto estatal que prevê a remoção dessa comunidade. Se por um lado o Estado busca retirar a comunidade para a realização de um mês de eventos esportivos, por outro lado a resistência de cerca de 450 famílias que vivem no local é a única legítima.<br /><br />Para Altair Antunes, presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Vila Autódromo (AMPAVA), a comunidade vai resistir e permanecer no local. Segundo ele, não se trata de impedir os megaeventos, mas que esses ocorram sem retirar a comunidade, que existe há mais de 50 anos. “A alegação da prefeitura é que essa área não é habitável para a gente morar, mas é habitável para quem tem dinheiro. Nós temos um projeto alternativo e queremos permanecer aqui”, enfatizou o líder comunitário.<br /><br />O projeto<br /><br />Construído a partir da troca de experiências entre a comunidade e dois grupos acadêmicos, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR) da UFRJ e o Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos (NEPHU) da UFF, o Plano Popular da Vila Autódromo se divide em quatro programas: habitacional; saneamento, infraestrutura e meio ambiente; serviços públicos; e de desenvolvimento cultural e comunitário.<br /><br />Por meio de um diagnóstico realizado em grupos de trabalho envolvendo as referidas instituições, o projeto se apresenta como resolução para três eixos identificados como os principais problemas da Vila Autódromo, sendo eles: habitação e saneamento básico; transporte, acesso a serviços públicos, lazer e cultura; e mobilização, organização popular e comunicação.<br /><br />Ainda em versão preliminar, os trabalhos serão retomados no início de 2012 para finalizar e tornar público o projeto. Segundo Inalva Mendes, moradora da Vila Autódromo, não são legítimos os projetos que não envolvem a comunidade no debate de seu futuro. “Estamos fazendo esse projeto para que a nossa voz seja ouvida. Nós somos os verdadeiros sujeitos da construção da cidade e de toda a riqueza cultura que há nela”, afirmou.<br /><br />Universidade popular<br /><br />Questionado pelo Coletivo Tatu Zaroio sobre a parceria entre as universidades e a comunidade, o professor Carlos Vainer, do IPPUR/UFRJ, foi enfático ao afirmar que não se trata de uma parceria, mas sim que este é o verdadeiro papel da universidade, de dar suporte às comunidades que historicamente são exploradas e oprimidas.<br /><br />“A ideia do planejamento não é necessariamente um instrumento de dominação, prevenção e domesticação dos conflitos sociais, ele pode ser um instrumento de desenvolvimento dos atores que promovem os conflitos na defesa de seus interesses. Estamos aqui dando uma assessoria técnica a um projeto popular de planejamento”, salientou Vainer.<br /><br />Enquanto vários grupos nas universidades públicas se preocupam em unicamente dar suporte ao mercado, tornam-se imprescindíveis trabalhos como os realizados pelo IPPUR/UFRJ e pelo NEPHU/UFF, que se entregam a um projeto popular para o desenvolvimento da Vila Autódromo, em oposição ao plano de extermínio das comunidades protagonizado por governos e seus parceiros esportivos.<br /><br />Fonte: http://www.tatuzaroio.com.br/2011/12/megaeventos-vila-autodromo-resiste-e.html#moreElias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-49924624315376593542011-12-11T17:10:00.000-04:002011-12-11T17:11:30.020-04:00Apresentação do Plano Popular de Desenvolvimento Urbano, Econômico e Social da Vila AutódromoA COMUNIDADE DE MORADORES E PESCADORES DA VILA AUTÓDROMO, através de sua ASSOCIAÇÃO, convida a todos os participantes dos Movimentos Sociais, companheiros de outras Associação de Moradores e os demais aliados na luta pelo direito à cidade, para uma ASSEMBLEIA POPULAR no domingo, dia 18 de dezembro, às 15:00h, na sede da Associação, com a seguinte programação:<br /><br />1. Apresentação do Plano Popular de Desenvolvimento Urbano, Econômico e Social da Vila Autódromo – Versão Preliminar, elaborado pela Comunidade com assessoria técnica do ETTERN/IPPUR/UFRJ e do NEPHU/UFF,<br /><br />2. Discussão em oficinas temáticas; <br /><br />3. Apresentação dos relatos das discussões de grupo<br /><br />4. Propostas, discussões e aprovação do Plano<br /><br />Antes, durante e após a Assembléia haverá atividades culturais: música, poesia, exposições de vídeos e fotografias.<br /><br />VENHAM TROCAR EXPERIÊNCIAS E SABERES! VAMOS FORTALECER NOSSAS LUTAS! PELO DIREITO À CIDADE, PELO DIREITO À CIDADANIA!<br /><br />ESTE É O NOSSO PLANO PARTICIPE – DISCUTA - DECIDA<br /><br />LUTAR PARA PLANEJAR, PLANEJAR PARA LUTARNúcleo Experimental de Planejamento Conflitualhttp://www.blogger.com/profile/17961921333766094737noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-2169644094431427912011-12-03T17:49:00.001-04:002011-12-03T17:51:22.701-04:00Vila Autódromo e o Núcleo de Planejamento Conflitual<!--[if gte mso 9]><xml> <o:officedocumentsettings> <o:relyonvml/> <o:allowpng/> </o:OfficeDocumentSettings> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> 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style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">Plano Popular da Vila Autódromo</span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif""> </span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">Os moradores da Vila Autódromo, por meio da Associação de Moradores de seu bairro, convidaram o Núcleo Experimental de Planejamento Conflitual para apoiar o Plano Popular da Vila Autódromo.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>A aliança entre a Associação de Moradores e a Universidade existe há algum tempo, hoje essa cooperação prossegue também no Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">Esta é uma comunidade unida e organizada que, através das mobilizações coletivas, realizou várias conquistas durante os 40 anos de existência do bairro. A comunidade da Vila Autódromo também acumula um histórico de resistência às tentativas de remoção arbitrária por parte da Prefeitura do Rio de Janeiro.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">O Plano Popular da Vila Autódromo tem como desafio a elaboração e implementação de uma proposta de urbanização orientada pelos saberes que a população desenvolve a partir do seu dia a dia sobre o transporte público, meio ambiente, saneamento, moradia e trabalho, dentre outros. É da troca de experiências e conhecimentos que serão realizados os programas e projetos que integrarão o Plano Popular de Urbanização da Vila Autódromo. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">É a comunidade da Vila Autódromo que decide e estabelece as prioridades!</span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">Nosso Plano Popular da Vila Autódromo é composto por um Plano de Desenvolvimento Urbano, um Plano de Desenvolvimento Econômico e Social e o Plano de Luta da comunidade.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">Na perspectiva de construir a autonomia popular e a preparação da comunidade para definir seus próprios destinos, vamos</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">lutar para planejar e planejar para lutar!</span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif""> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif""> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">NUCLEO EXPERIMENTAL DE PLANEJAMENTO CONFLITUAL</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">(Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza - IPPUR/UFRJ e Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos - NEPHU/UFF).</span></p>Núcleo Experimental de Planejamento Conflitualhttp://www.blogger.com/profile/17961921333766094737noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-57367638449109897662011-10-20T11:16:00.001-04:002012-01-18T21:59:34.745-04:00A bola da vez: Vila AutódromoDar como certo algo duvidoso é uma estratégia conhecida para resolver uma questão sem mesmo problematizá-la. É o que o jornal O Globo tenta fazer em sua reportagem de capa desta terça, 04/10, sobre a possibilidade de remoção da Vila Autódromo, comunidade situada em área próxima ao futuro Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Após indicar sem qualquer motivo que seus moradores estavam praticando assaltos na fila de entrada do Rock in Rio, o jornal agora destaca na manchete: “Após o rock, Rio removerá favela para as Olimpíadas”, e na página 12: “Vila Autódromo na reta final”.<br />
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A certeza do jornalista Luiz Ernesto Magalhães estaria baseada na minuta do edital da parceria público-privada (PPP). Lançado pela prefeitura para consulta pública, a cláusula quinta trata da localização do Parque Olímpico e determina a “desocupação da totalidade da área atualmente ocupada pela comunidade denominada Vila Autódromo”. No entanto, a própria reportagem admite que essa questão é muito cara aos movimentos sociais, que vêem o local como um símbolo da resistência contra as remoções em toda a cidade.<br />
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O edital da PPP prevê que 75% dos 1,2 milhão de metros quadrados sejam entregues a iniciativa privada após os Jogos Olímpicos, para a construção de condomínios residenciais, comerciais e hotéis. Um repasse de terreno público com a justificativa de que o consórcio de empreiteiras arcaria com parte dos custos de construção do Parque Olímpico, estimados em R$ 1,3 bilhão. Cabe lembrar que só a Transcarioca (uma das três vias expressas que estão sendo construídas) supera esse valor, pra ficar apenas em uma das obras para os grandes eventos.<br />
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O fato é que a Prefeitura do Rio não precisa da iniciativa privada para viabilizar a obra. Optando por deixar como legado à cidade um bairro de elite, o que já é uma opção questionável, seria mais lógico investir recursos próprios na região e vender os lotes valorizados às construtoras após 2016. No entanto, o prefeito Eduardo Paes opta por garantir o acesso aos terrenos por contrato e a baixo custo já em 2011, o que lhe garante o apoio financeiro das empreiteiras à sua campanha à reeleição ano que vem. Para o Rio restará um novo bairro de elite, viabilizado com terrenos públicos, à beira da Lagoa de Jacarepaguá.<br />
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Não é de hoje que a prefeitura quer deixar a região livre para a expansão imobiliária. A Vila Autódromo, uma antiga colônia de pescadores que com o tempo se transformou em moradia para muitos dos trabalhadores que construíram a Barra da Tijuca, sofreu em primeiro lugar com o impacto do crescimento da cidade para a Zona Oeste e a consequente poluição do ambiente natural de que tirava o seu sustento. Chega a ser previsível que um governo que preza pela homogenização dos espaços da cidade, sem considerar a população local, queira agora a remoção. Para Paes, é inadmissível valorizar uma área ocupada por moradores de baixa renda, mesmo que eles possuam o título de posse, como é o caso.<br />
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Altair Antunes Guimarães, de 55 anos, é o presidente da associação de moradores da Vila Autódromo. Ele vivia na Ilha dos Caiçaras, na Lagoa Rodrigo de Freitas, quando este mesmo processo de remoção de comunidades aconteceu na Zona Sul, nas décadas de 60 e 70. Expulso de casa, acabou sendo levado com a sua família para a Cidade de Deus, aos 14 anos. De lá foi removido mais uma vez para a passagem da Linha Amarela no mandato de Luiz Paulo Conde (1997-2000), quando então se mudou para a Vila Autódromo. Agora, enfrenta a terceira remoção em quatro décadas: “O sentimento é que você está sempre incomodando, tendo que dar espaço”.<br />
A Prefeitura do Rio e o Globo sabem que a remoção da Vila Autódromo não será fácil como a manchete de capa e a imagem da reportagem, as partes mais vistas do jornal, querem dar a entender. A resistência do Canal do Anil em 2007, comunidade próxima à Vila do Pan-Americano e que também esteve na mira das máquinas da prefeitura, ainda está fresca na memória de todos. Se a Vila Autódromo hoje é considerada uma favela é porque a própria prefeitura nunca assumiu a sua urbanização. Esta luta está apenas começando, não é a primeira e nem será a última. Altair terá muito apoio para, após duas derrotas, enfim comemorar a sua primeira vitória. O futuro dirá.<br />
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Fonte: http://www.cidadespossiveis.com/post/11035675846/a-bola-da-vez-vila-autodromoElias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-86228991398020363012011-03-03T11:31:00.000-04:002011-03-03T11:34:37.658-04:00A bomba atônitaA bomba atônita<br /><br />Acordo cedo e passeio a cidade rumo ao lugar onde morei por tantos anos e há tantos, só retorno nos dias de eleição. Voto em um colégio perto do Cemitério. O contraste que se estabelecia entre a cidade dos vivos, com suas palavras, seus gestos, seus pensamentos e a necrópole silenciosamente ensolarada e suas áleas de alamandras, sempre foi o que mais me chamava atenção nos dias de eleição. O contraste que todos os dias percebemos se exaltava com as discussões intermináveis, as bandeiras de todas as verdades e as verdades de todas as bandeiras. Discordávamos sempre, mas sempre vivíamos o calor das conversas sobre o futuro e nossos sonhos de futuro. Não era a chamada festa democrática que nos encantava, mas estarmos prontos e renovados para lutar por nossos ideais e convicções. Buscávamos um mundo melhor. O conceito de melhor variava de pessoa para pessoa, de grupo para grupo, de ideais para ideais, mas éramos convictos da importância da nossa participação como pessoas individuais e coletivas nos caminhos que inevitavelmente se nos atravessavam. A cidade era a cidade das opiniões. Não havia bebidas nos bares; nossos ânimos eram controlados pelas burocracias e pela polícia espalhada pelas ruas das cidades. Éramos a sociedade em movimento, pulsando convicções de todo destino e desejo, de toda vontade e futuro, movimentando-se.<br /><br />Acordo cedo, caminho a cidade abandonada, sou um documento com foto e um desânimo caminha ao meu lado. Buscamos solitária e desmotivadamente um menos pior entre os iguais que se apresentam. São seres de um cemitério de idéias mortas, silenciados pela homogeneidade de um discurso igual, sempre igual, que brota de nossas telas coloridas com seus sorrisos falsos e suas mentiras sempre verdadeiras.<br /><br />O primeiro turno se encerra em um domingo amorfo, os bares abertos, não se vê polícia na cidade. Um povo amansado já não discute badernas. O lanche de domingo se dá em silêncio. Na TV os resultados revelados tão velozmente que já o sabíamos antes do voto. Voto errado. O número errado me dá talvez a sobrevida que preciso para escapar do colégio cemitério em que me encontro. Os espelhos revelam sempre o mesmo rosto da cidade adormecida. Meus livros me trazem a realidade. Minhas revoluções então se estabelecem até que debruçado e cansado, adormeço. Sonho a praça cheia que não há. As ruas são suas verdades amordaçadas e cobertas por tapumes de plástico. Sonho as discussões vermelhas e seus corações em luta. Acordo segunda, sem comentários, os jornais repetem os rostos transparentes. Rumo ao trabalho, meu carro luz pela cidade e suas misérias permanentes. As várias estações repetem-me as transparências dos rostos idênticos. A universidade calada finge que nada acontece enquanto nada deveras acontece. Somos a espera do segundo turno e seus debates acalorados. Eles não vêm. Somos a espera das discussões inexistentes, das idéias nunca, de um Brasil desesperado. Nada se espera. Nada acontece e nos perguntamos até quando?<br /><br />As semanas passam e os números são a curiosidade dos números. Mais nos importamos com a precisão das estatísticas do que com os destinos que se bifurcam. Os destinos, já sabemos há muito, não mais se bifurcam por aqui. Os cemitérios tomam conta da cidade, as balas voam e os destinos se amedrontam, deuses existem e inexistem sem modificar os acontecimentos. As vozes se calam, ouço murmurinhos pelos corredores, são grupos de interesse, apolíticos, concorrendo a editais e patrocínios. Imperceptíveis, se reúnem nas necrópoles universitárias, de onde assinam listas vazias, com suas tintas invisíveis e suas idéias nenhumas. Nada acontece e nos perguntamos até quando?<br /><br />Domingo, os mortos nos esperam pacientemente na terça feira. Estaremos mortos perfilados, diante da urna eletrônica, infalível artefato de verdades e costumes. Confirmo, número errado outra vez. Irresponsável!, gritam-me no silêncio do mundo, seus robôs desesperados. Não percebes, dizem, as diferenças entre as texturas do nada, não vês o muro do cemitério. Sobe, ordenam, mas não escuto voz alguma. A cidade vive seu mais intenso racionamento de idéias. O presidente está sendo escolhido, mas não se percebe movimentos. À noite os resultados gritarão seus números e as discussões sobre as estatísticas das previsões se repetirão. Os números repetem seus desânimos. Dormiremos cedo, pois os mortos ainda nos esperam para terça feira. Os bares abertos vazios pela ausência do futebol. Nada acontece e nos perguntamos até quando?<br /><br />Um clarão ao longe se revela intenso. Serei eu, inconformado com meus delírios revolucionários? Não, estou calmo, amordaçado em meu carro blindado, cortando a cidade com seus reflexos no asfalto que a chuva fina molha. Um clarão ao longe de fato se avizinha. Ninguém o vê, ninguém mais acredita. Uma bomba ecoa pelos horizontes. Permaneceremos os mesmos? Abro-me atento aos ruídos da memória, nada acontece. Sou eu e meus delírios que vislumbram esse clarão imenso. Fecho meus olhos, o brilho intenso permanece. Há muito tempo detonada, é a bomba atônita que se alastra pela cidade adormecida.<br />*Ricardo Kubrusly<br /><br />Poeta, Matemático, Professor da UFRJ <br /><br />Fonte: http://coletivomarxista.blogspot.com/Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31229452.post-72324721384289681982011-03-01T12:12:00.001-04:002011-03-01T12:14:52.046-04:00Remoção da Vila Autódromo, no Rio: não existe outra alternativa?Na última quarta-feira, a juíza Cristina Aparecida de Souza Santos emitiu sentença na qual determina a remoção de parte da comunidade da Vila Autódromo, situada próxima à lagoa de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Com a justificativa de fazer cumprir a legislação ambiental, a Justiça do Rio pode estar ajudando a produzir novas ocupações em áreas de risco e de preservação.<br />Os problemas da Vila Autódromo poderiam ser resolvidos com a implementação de um projeto urbanístico que eliminasse a situação de risco e vulnerabilidade e melhorasse as condições ambientais da comunidade e de todo o seu entorno. Em vez disso, a Justiça autoriza as remoções, sem compromisso com uma solução habitacional que respeite o direito à moradia adequada da população que será atingida.<br />Desde os Jogos Panamericanos a comunidade da Vila Autódromo vem resistindo às ameaças de remoção. O fato é que ela está localizada na área onde será implantado o projeto olímpico, assim como ações de urbanização e reestruturação imobiliária. Para os interesses empresarias envolvidos na construção e remodelamento da região, as comunidades precisam ser removidas porque elas representam um empecilho à “limpeza” da área. E a prefeitura absorve e adota essa posição como diretriz ao afirmar que essas comunidades têm que ser removidas e não urbanizadas.<br />O pior de tudo é que não há debate público sobre o assunto. O projeto Olímpico, assim como o da Copa, não está sendo objeto de discussão pela sociedade. Assim, outras possibilidades de projetos, inclusive aqueles que contemplariam a urbanização dessas áreas, não puderam ser elaborados, nem expostos, nem muito menos debatidos ou levados em consideração. É de um extremo autoritarismo fechar todos os projetos para as Olimpíadas e a Copa sem nenhum debate público, com interlocução do governo apenas com o setor empresarial.<br /><br />Fonte: http://raquelrolnik.wordpress.com/Elias Serafimhttp://www.blogger.com/profile/14891419360154121831noreply@blogger.com0