7 de março de 2009

Resumo da Monografia de Heitor Ney Mathias da Silva: DA TERRA DE NINGUÉM PARA A TERRA DOS FIDALGOS: O CASO DA VILA AUTÓDROMO.

"A história da resistência popular na Vila Autódromo pode ser dividida em três fases:
A primeira fase vai até 1993. Em 1972 os terrenos que compõem a área foram desapropriados para a construção do Autódromo. Nesse período, a expansão da Barra da Tijuca trouxe para a região um grande número de operários da construção civil. Em conseqüência o número de moradores da comunidade cresce.
O início da segunda fase é em 1993. Nesse ano a Prefeitura do Rio de Janeiro impetra uma ação de desapropriação, alegando dano ambiental, estético e urbanístico. É o surgimento do conflito ambiental.
No mesmo ano, o Governador, Leonel Brizola, inicia uma ação de regularização fundiária para dificultar o despejo. A partir desse ponto, foi estabelecida uma luta jurídica sobre a propriedade da área e sobre as responsabilidades por danos ambientais.
A última fase, inicia-se em 2005. A utilização do Autódromo nos Jogos Pan-Americanos traz o argumento de que a comunidade "polui" as imagens que irão ser veiculadas pelo mundo afora.
Quanto à relevância do tema, hoje, no Núcleo de Terras da Defensoria Pública existem oito processos de retiradas de comunidades com justificativa ambiental.
As áreas são as seguintes: Na Barra da Tijuca: Calmete, Coroado, Dois Corações, Ilha da Coroa e Vila Autódromo. No restante da cidade: Colônia de Pescadores da Ilha do Fundão, Mato Alto e Sacopã.
Os Jogos Pan-Americanos ameaçam desalojar quatro comunidades. Na Barra: Vila Recreio I, Vila Recreio II e Vila Autódromo e uma no Engenho de Dentro.
Entender a resistência da Vila Autódromo ajuda quem está se iniciando na luta pela terra.